quinta-feira, 25 de junho de 2009

Workshop Career Paths no Instituto Gulbenkian de Ciência

Sabia que apenas 1 em cada 5 doutorados prosseguem carreiras na academia?

Durante 4 dias discutir-se-ão em Oeiras as diferentes vias profissionais que os doutorados podem vir a ter- a vida para além dos Institutos e Universidades.

Entre os palestrantes convidados estão

De 6 a 9 de Julho, no Instituto Gulbenkian de Ciência. Toda a informação e inscrições aqui.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

De que falamos quando falamos de cientistas? (4)

Disto?


Ou disto?


Uma questão com que a maioria dos investigadores se debate nalguma fase da sua carreira é a de ficar ou ir embora. Ou a de ficar lá, nesse grande país que é o estrangeiro, ou voltar para cá, seguindo o chamamento atlântico da costa oeste da Europa.

Nos últimos anos tem havido crescimento e investimento nos institutos de investigação em Portugal, tornando mais apelativa a carreira nacional. No entanto, a experiência ainda que temporária noutro grupo num país que não o seu é enriquecedor tanto do ponto de vista científico como pessoal.

Em 2000 a União Europeia criou a ERA - European Research Area, uma plataforma para contribuir para a competitividade da investigação científica europeia, aumentando a interacção entre Estados-Membros na partilha de conhecimento, infraestruturas, técnicas e pessoas de forma a estimular e propiciar o sucesso na produção, transferência, partilha e divulgação dos conhecimentos e desenvolvimento tecnológico, contribuindo também com e para a progressão na carreira dos investigadores dos Estados Membros.

Na Carta Europeia do Investigador, documento de 2005 onde se estabelecem princípios e requisitos gerais que devem definir os papéis, responsabilidades e direitos dos investigadores e das entidades empregadoras e/ou financiadoras pode também ler-se que


Do outro lado da balança: clima, gastronomia, família e amigos.

Ir ou ficar?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cientistas ao Palco em Oeiras

Este sábado, dia 20 de Junho, entre as 14h e as 19h30 actividades dos cientistas que se juntam à festa do 250º aniversário - Celebrar Oeiras

Às 18h00 no Palco Família - Cientistas ao Fórum e Cientistas de Pé

O grupo do Teatro Fórum irá recriar todo o processo de criação de um espectáculo: o que é o teatro fórum? o recrutamento dos actores/cientistas; os ensaios; a cena de fórum. Será aberto a perguntas e discussão com a plateia. Para terminar, actuarão os cientistas-de-pé – stand-up comedy por cientistas!

E das 14h00 às 18h00 na Zona Futuro tragam as crianças para meter a mão na massa científica

O DNA de morango – invisível? Não, senhor!
Uma experiência simples que permite extrair e visualizar o DNA de morango. Recorrendo a produtos domésticos – morangos, detergente da loiça, sal de cozinha, filtros de café e álcool – crianças e adultos reproduzem o processo de extracção de DNA utilizado pelos cientistas, podendo levar o DNA para casa, para guardar para sempre!


Células de plasticina
Somos formados por triliões de células...não são todas iguais: têm formas diferentes e fazem coisas diferentes. As células do sangue transportam oxigénio; as do músculo da perna ajudam-nos a dar pontapés na bola. Com plasticina de várias cores, crianças e adultos podem experimentar construir células diferentes, para levar para casa.

O código dos genomas em gomas
A molécula de DNA funciona como uma receita para fazer um ser vivo. Através de um código químico representado pelas letras A, T, C e G é possível construir todas as proteínas que fazem um organismo. A informação contida no DNA pode ser copiada para uma nova molécula de DNA e desta para outra, e outra, até ao infinito, mantendo sempre a mesma receita. Usando gomas de várias cores, crianças e adultos vão poder explorar o que a torna o DNA uma molécula tão especial.

Olhando para dentro de uma molécula
Desde a água ao DNA, o nosso mundo é feito de muitas moléculas diferentes. Através de modelos simples e simulações em computador crianças e adultos poderão entrar na dimensão molecular e conhecer algumas das moléculas de que ainda se procura conhecer a estrutura.

Pelo IGC e ITQB

quinta-feira, 11 de junho de 2009

De que falamos quando falamos de cientistas? (3)

Disto?



Ou disto?



Nos ensaios do Teatro-Fórum continuamos a explorar o que pensam dos cientistas os que não fazem ciência, bem como o que significa progressão na carreira para alguém que investiga, descobre, descodifica e comunica.


Para além do trabalho de pesquisa, investigação e descoberta os cientistas têm de conseguir comunicar a dois níveis:
1. Para os seus pares - em artigos, congressos ou encontros, para não apenas demarcarem o seu território de inovação como para se submeterem ao julgamento de quem também é especialista na mesma área. O processo de discussão e reconhecimento pelos demais é uma das pedras basilares da credibilidade dos dados, sua recolha e validade científica junto da comunidade.
2. Para o público em geral - tentando assegurar que as suas conclusões, mesmo as que parecem mais eclatantes e atraentes para os media em geral, não seja deturpados ou mal-lidos pelos leigos na matéria.


Conseguindo fazer ambas as coisas com sucesso, Yours is the Earth and everything that's on it, and - which is more - you'll be a Scientist, my son!*

Lembramos isso na altura em que tanto se fala da Ida por todos os lados (a esse respeito vale a pena ler o artigo que saiu na PLoS e a análise da comunicação dos respectivos resultados nos media no Público), da alteração do código genético das Candida albicans (na Nature e no Público) e na semana da atribuição do Prémio Príncipe das Asturias das Ciências Sociais a David Attenborough (também há o da Investigação Científica e Tecnológica).


"Nós não estamos a alegar que [a Ida] é o nosso ancestral directo. Isso é de mais. Nós só existimos há poucos milhões de anos e a Ida esteve viva há 47 milhões de anos." Mas o cientista Jorn Hurum assume o espectáculo, que aliás, já tinha sido utilizado no Predador X, que segundo o paleontólogo é a melhor forma de pôr os miúdos interessados em paleontologia. "Qualquer banda pop ou atleta faz o mesmo tipo de coisas. Nós, na ciência, temos que começar a pensar da mesma forma", disse, citado pela "Times Online". (daqui)


Temos?
Também aqui

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A importância de se chamar bolseiro

António Câmara, CEO da Ydreams, sobre o impacto dos bolseiros no Grupo de Análise de Sistemas Ambientais (GASA) da Universidade Nova de Lisboa fundamentais na geração do conhecimento e formação da massa crítica que permitiram a construção da Ydreams e de outras empresas de base científica.

Entrevistado por David Marçal, com imagem de André Levy, na III Conferência de Emprego Científico

quarta-feira, 3 de junho de 2009

De que falamos quando falamos de cientistas? (2)

Disto?

ou disto?



Há muitas maneiras de se começar a ser cientista, mas a maioria começa com uma bolsa. Não é a bolsa que faz deles investigadores, mas é o que lhes paga as contas. Para informações sobre este assunto podem consultar o site da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e aceder ao Guia do Bolseiro da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica.

A maioria dos jovens investigadores científicos são efectivamente bolseiros, e cada vez mais. O que não significa que sejam estudantes: são trabalhadores em ciência e/ou tecnologia, sempre em formação como qualquer bom profissional de qualquer área. Apesar de não auferirem subsídio de férias ou de Natal. Mas têm férias. E Natal.

Há quem acumule essa função com a docência no Ensino Superior, o que significa uma carga às vezes bem pesada. Dar aulas é muito mais do que as horas na sala de aulas, implica preparação e seguimento dos estudantes e sua avaliação. E o tempo que não estica, que não estica.

No grupo de trabalho de Teatro-Fórum temos bolseiros para todos os gostos e feitios, e de várias áreas científicas - e mulheres em larga maioria. Porque será?
Texto: Joana LA
Também aqui

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Repto aos não-cientistas: Qual a vossa imagem da vida amorosa de um cientista?


Imagem do calendário erótico da Federación de Jovenes Investigadores / Precarios

Uma cientista do grupo de stand-up lançou este repto aos seus amigos e familiares. Todas as respostas recebidas até agora. Anónimas, apenas com indicação de genéro. Deixe-nos também a sua, na caixa de comentários!

(Masculino ; Feminino)
1.
Assim sinceramente (e não pensando em nenhum cientista em especial, nem em ti) os cientistas não têm uma vida amorosa normal? Isto é dentro das anormalidades que o amor implica obviamente! ou seja, uma vez que um cientista é um ser humano normal, tal como qualquer outro, acho que tem uma vida amoraosa normal! Por isso priminha, fica descansada!!! És normal como os outros!! :) F
2.
Como as enzimas, uns "enzima" dos outros bem juntinhos, como cadeias de DNA e barulhentos como electroes: Planck planck planck! F
3.
Acho que é cheia de experiencias M
4.
Eu acho que tu namoras com uma amiba M
5.
A vida amorosa de um cientistas deve envolver muita química... F
6.
Acho que dedicam demasiado tempo ao trabalho passando a vida amorosa para segundo plano. Depois como não sabem lidar com a vida amorosa, afastam-se das pessoas. M
7.
Pelo que conheço dos cientista de hoje em dia são em geral pessoas com a mentalidade aberta e pouco agarrados a tradições como o casamento. Geralmente vivem maritalmente ou sós. Como cientistas viajam bastante e por vezes por periodos alargados, como um ano ou mais. Muitos cientistas que conheço conseguem manter uma relação apesar de estarem muito tempo à distancia. M
8.
Eu acho que o Einstein era menino para se “esquecer” da função física se uma função diferencial lhe acometesse a mente.
Acho que o Darwin deveria supre activo para melhorar a evolução. Talvez tentasse variadíssimas posições e situações para estimular a variedade.
O Custeau fá-lo-ia, garantidamente no mar.
O Pasteur, só depois de devidamente limpo e esterilizado. Ele a companheira, a cama, o quarto e, provavelmente, em ambiente de subpressão com entrada Eppa.
O John Watson, em espiral. E sempre, duplamente.
O Descartes pararia para pensar, cogitar.
O Damásio nem pensaria.
Platão fá-lo-ia atrás de um lençol iluminado - para projectar as sombras.
Arquimedes numa banheira.
Maxwel em saca rolhas
Pierre Curie... por rádio (hoje, talvez internet)
Mas o mais explosivo, sexualmente seria, sem dúvida, o Nobel! Verdadeira dinamite. M
9.
“Para mim a vida amorosa de um cientista deve ser muito metódica :D Tudo com procedimentos bem definidos, rotinas escalpelizadas, e tudo com muita sustentação teórica :)
Bem, acho que se for um cientista NO EXAGERO DA PALAVRA (Aquele que é tipo cientista-maluco) a sua vida amorosa deverá ser uma vida em que devido ao seu horário de trabalho não rígido, deverá ter alguns problemas no que diz respeito à busca do seu grande amor e mesmona sustentação familiar de um relacionamento presente. Isto pq o seu horário muitas vezes o condiciona a ele e faz com que ele se interesse e se entusiasme por vezes demais no seu trabalho e menos um pouco na sua família. Um cientista é tão metódico e tão com os procedimentos bem definidos que via tudo o que tivesse a ver com a mulher relacionado com a ciência, ou seja, instigar-se sempre com o “porque”, (pq é k a mulher é assim? Pq é k a mulher tem tt necessidade de falar? Pk é k a mulher tem tanta necessidade de se vestir bem e de ser vaidosa? Pk é k a mulher tem necessidade de dizer mal das outras)…. E também com o “Como” (como é k a conquistarei? Como é k a mulher terá mais prazer? Como é k a posso levar a jantar?) e o “o que é? (O que é k a faz gostar mais de mim? O que é o prazer? O que é o amor? O que é o carinho”) M
10.
Bom, em primeiro há que salientar a qualidade da língua de um cientista. É impressionante o inglês técnico que dominam e mais impressionante ainda é que o utilizam (tb para mostrarem que o possuem) durante todo o tempo da “vida amorosa”, falam em estrangeiro que só eles devem perceber. Um cientista em que país for é sempre um estrangeiro.
O segundo ponto é ainda mais estranho, nos finais dos actos amorosos da “vida amorosa” é normal que aconteçam coisas, hummmm…, “diferentes”, que nos os leigos (não cientistas) achamos normais e deixamo-nos estar todos contentes sentados no sofá. Agora não é normal no fim ir a correr para o Google para se tentar provar o quer que tenha acontecido, é pá, quebra a parte amorosa. Tirando isso acho normal. M
11.
Conseguem manter as ditas relações, mesmo com grandes períodos de ausência, uma vez que SE ESQUECEM que têm essas relações! (a ideia do cientista alienado do mundo). se vivem sós é porque não encontraram ninguém que aturasse as quebras para idas ao google! F
12.
Bastante farta e experimental. Nao sera por acaso que os tipos invetaram o Viagra uma das maravilhas do seculo, dizem! Qual tensao arterial alta ou colesterol... Viagra obedeça a prescrição e deixem-se de intelectualidades! Imaginem depois de tanta proveta e artefactos em forma de dildo!!! M
13.
Acho q pode ser menos vivida do ponto de vista sentimental pq é mais analisada do ponto de vista do processo em si e das reacções em causa. Ou seja, por exemplo um ginecologista! Eu acho sempre q eles a fazerem sexo estão sempre a pensar "ah, agr se puser o dedo ali no lijfoifhwfqlkfjlqk da minha companheira aquilo tem lá muitos circuitos nervosos e ela vai gostar" em vez de "go with the flow", o que deve ser um bocado chato, coitados...
Enquanto q aqueles q não são cientistas abstraem-se mais de tudo enqt estão a fazer o amor. É mais naquela de "ok, trabalho àparte, agora é para pinocar!" Só. E chega! Resumindo: um cientista, se não se puser a pau, pode ser muito chatinho na sua vida amorosa! F
14.
eu diria que o einstein se aproveitou melhor da teoria da relatividadade na sua vida amorosa...és feio, isso é relativo, és mau na cama, isso é relativo, querido, entao e eu, isso é relativo e.... e tb imagino um cientista a fazer um protocolo antes e um mapa de resultados depois e a entregar um esquemazinho...e a dizer “mas por favor diz-me se errares” F
David Marçal
também aqui e aqui