quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Cientistas de Pé com os Simbiontes no Chiado

19 de Dezembro às 18h00, os cientistas de pé juntam-se à Associação Viver a Ciência para angariar fundos para a investigação científica em cancro - o evento é de entrada livre, pode aproveitar para ver os quadros que ainda não foram vendidos e assim poder também contribuir para esta causa.

A Exposição Simbiontes, que está no Chiado desde 28 de Novembro e que pode ser vista até 23 de Dezembro, é constituida por obras produzidas por crianças em ambulatório no IPO de Lisboa e ilustrações do pintor da Ar.Co, Ângelo Encarnação. Os fundos a obter com a venda dos quadros serão aplicados num Prémio de investigação científica em cancro.

As peças artísticas tiveram origem numa série de ateliers pedagógicos e criativos no IPO de Lisboa, organizados pela Associação Viver a Ciência, em parceria com a Ar.Co, e inspirados no conto “A menina do Mar”, de Sophia de Mello Breyner Andresen. Na sequência do projecto surgiu também o livro pedagógico “Os Amigos da Menina do Mar”, da autoria da bióloga da Associação Viver a Ciência Raquel Gaspar e com ilustrações de Ângelo Encarnação, que pretende explicar aos mais pequenos alguns dos mistérios relacionados com as espécies marinhas. Os lucros da sua venda juntam-se também ao fundo comum do projecto Simbiontes.

O projecto Simbiontes – que ambiciona envolver vários sectores da sociedade em torno da angariação de fundos para a ciência - é globalmente apadrinhado pela presidente da SIC Esperança, Mercedes Balsemão.



Mais informações: Blogue dos Cientistas de Pé, Projecto Simbiontes, Galeria Simbiontes Leilão Simbiontes a 28 de Novembro Exposição Simbiontes Livro "Os Amigos da Menina do Mar" Ângelo Encarnação expõe trabalhos no Chiado Plaza Mapa: Como chegar ao Chiado Plaza

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cientistas ao Palco de Coimbra

Os espectáculos Stupid Design e Nascer da Evolução voltam a subir a cena
Museu da Ciência de Coimbra
25 e 26 de Novembro
Entrada livre


STUPID DESIGN
Um conjunto excepcional de circunstâncias permite a um conferencista que habitualmente não é convidado para encontros científicos apresentar uma teoria alternativa à Evolução para explicar a biodiversidade. É também explicado para que é que servem os mamilos dos machos e os pêlos nas orelhas. Serão apresentadas evidências científicas, distribuídos cartões profissionais e será sorteado na presença de um representante do Governo Civil (ainda não confirmado) um fim-de-semana para casais no deserto do Negev (sujeito ao stock existente).
Trata-se de uma sátira às teorias do “desenho inteligente” (ou intelligent design) que procuram travestir o criacionismo como ciência O espectáculo procura demonstrar que não é o formalismo e a complexidade de linguagem que tornam uma teoria científica. A base da ciência é a prova.

Texto David Marçal\Encenação Amândio Pinheiro\Interpretação Carlos António \Figurinos Maria Gonzaga\Financiamento União Europeia, Programa Marie Curie\Apoios Museu da Ciência da Universidade de Coimbra

NASCER DA EVOLUÇÃO
A acção decorre num mundo futurista não muito distante em que as teorias do criacionismo e do desenho inteligente prevaleceram sobre a Evolução, que é vista como uma teoria retrógada e obsoleta. Neste contexto, o médico e investigador João Honório acaba por descobrir através da sua prática clínica que as bactérias podem desenvolver resistência a antibióticos - o que é um exemplo de evolução. Cai em desgraça na comunidade científica e vê-se remetido ao seu corpo como último reduto para prosseguir os seus trabalhos de investigação.
O espectáculo faz uma alusão implícita aos movimentos crescentes, especialmente nos EUA (felizmente ainda com uma expressão limitada em Portugal) que procuram fazer passar o Desenho Inteligente (a ideia de que a biodiversidade resulta de uma criação inteligente) como uma teoria científica. É também uma abordagem sobre a capacidade de as bactérias desenvolverem resistência aos antibióticos, e a importância da utilização responsável de antibióticos.
O Dr. João Honório é interpretado pelo actor Cláudio Silva. Os restantes personagens são interpretados por 14 investigadores da Universidade de Coimbra, que participam no espectáculo através de vídeos que intercalam a acção ao vivo.

Texto André Levy\a partir de uma ideia de David Marçal\Encenação Amândio Pinheiro \Interpretação Cláudio Silva\Participação especial em vídeo dos investigadores Adérito Araújo, Ângelo Tomé, Ana Luísa Cardoso, Ana Rita Álvaro, Alexandrina Ferreira Mendes, Carlos Fiolhais, Cláudia Cavadas, Elisabete Augusto, Elsa Henriques, Raquel Ferreira, Paulo Gama Mota, Sara Trabulo, Sónia Duarte, Teresa Girão, Teresa Rosete\Vídeo João Leal e José Pedro Magano\Cenografia Maria Gonzaga e Museu Nacional da Ciência e da Técnica de Coimbra\Financiamento União Europeia, Programa Marie Curie\Apoios Museu da Ciência da Universidade de Coimbra

SOBRE OS AUTORES
André Levy é um biólogo evolucionista e actor. David Marçal é bioquímico e autor de diversos textos de humor científico, publicados no Inimigo Público.

25 e 26 de Novembro
21h30 Stupid Design
22h30 Nascer da Evolução
Museu da Ciência
Laboratório Chimico
Largo Marquês do Pombal
Coimbra
ENTRADA LIVRE

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Cientistas de Pé em Oeiras


No próximo sábado, 21 de Novembro, o Instituto Gulbenkian de Ciência abre as portas a todos os interessados em ver como funciona e quem nele trabalha. Há actividades durante todo o dia e para todas as idades, e às 22h00 há cientistas que sobem ao palco: os de pé, que fazem stand-up comedy.


Programa completo aqui

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Cientistas ao Palco do Teatro Nacional D. Maria II


Depois da Noite dos Investigadores, os Cientistas continuam a subir ao palco - o espectáculo de Teatro-Fórum De que falamos quando falamos de cientistas? vai poder ser visto no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, dias 20 de Outubro e 17 de Novembro, 19h00, entrada livre.


Para os que viram e ficaram a pensar em melhores estratégias de enfrentar ou resolver os conflitos, esperamos por vocês. Para os que não conseguiram ouvir tudo, a oportunidade de não perder pitada. Aos que não puderam partilhar connosco a noite especial dos investigadores - a possibilidade de o fazerem noutro cenário.


Sinopse
A vida dos cientistas tal como ela é: como se começa a carreira de investigação, como é que se conjuga o trabalho com a família e amigos, ficar ou ir embora de Portugal, o que são os orientadores e o que fazer quando desorientam. O que são bolsas e empregos científicos? De que vivem, o que querem, de onde vêem e para onde vão?
Só vale a pena ser cientista se for para descobrir a cura definitiva do cancro, a vacina para o HIV ou ganhar o prémio Nobel?
Cientista que se transformaram em actores para explicar tudo isto e mais, num espectáculo de teatro fórum que tenta responder à grande pergunta:Afinal, de que é que falamos quando falamos de cientistas?
_____
O Teatro-Fórum é um género teatral que pede a actuação da plateia na discussão dos conflitos apresentados em palco: os espectadores transformam-se também em actores para ensaiarem possíveis resoluções ou novas formas de discutir as questões apresentadas.

Ficha técnica
Autoria: David Marçal, Joana Lobo Antunes e Romeu Costa
Encenação: Romeu Costa
Interpretação: Américo Duarte, Ana Castro, Ana Osório Oliveira, Andrea Santos, Catarina Francisco, Catarina Silva, Cláudia Andrade, Cláudia Gaspar, Mariline Justo e Sónia Negrão
Direcção: Joana Lobo Antunes e Romeu Costa
Produção: c. q. d. - como queríamos demonstrar
Agradecimentos: Ângela Crespo, Leonor Alves, Luís Branco, Pedro Ferreira, Rosana Rocha
Financiamento: União Europeia, Programa Marie Curie
Apoios: Fórum Lisboa, Instituto de Medicina Molecular, Instituto de Tecnologia Química e Biológica, Instituto Gulbenkian de Ciência, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Bragança.
Duração: 1h15

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Noite dos Investigadores em Lisboa

A plateia do anfiteatro ao ar livre da Gulbenkian esteve cheia a noite toda -muito obrigado a todos os que vieram e partilharam a experiência connosco




Até o palco teve espaço para mais espectadores, durante a interacção com o público do Teatro-Fórum






O grande final com todos os cientistas que subiram ao palco e os agradecimentos da coordenadora nacional, Ana Godinho

Os cientistas ao palco não vão ficar por aqui. Estejam atentos às novidades e à calendarização de espectáculos para breve.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cientistas de Pé na Ilga

Ante-estreia do espectáculo de Stand-up Comedy com cientistas e sobre ciência, a ser preparado para a Noite Europeia dos Investigadores de Lisboa - a 25 de Setembro, no Anfiteatro ao Ar Livre da Gulbenkian.

Sete cientistas das mais diversas áreas (excepto das que têm empregabilidade) fazem o espectáculo Cientistas de Pé. São abordados temas como o futebol, sexo, religião, o maior problema ambiental do mundo, mensagens para os extraterrestres, ciências leves, ciências duras e o papel dos homens na ciência (não necessariamente por esta ordem).

A comicidade é assegurada por uma série de rigorosos testes realizados em laboratório, pelo que o público nem precisa de se preocupar em rir. A duração do espectáculo é cerca de 50 minutos (mais encores).

Ficha técnica
Actores: Bruno Pinto, Cheila Almeida, Daniel Silva, João Damas, Sandra Mateus, Sofia Leite e Sofia Vaz
Direcção de texto: David Marçal
Direcção de actores: Romeu Costa
Duração: 1h
Produção: c. q. d. - como queríamos demonstrar


11 de Setembro
22h00
Associação ILGA Portugal
Rua de S. Lázaro, 88
Autocarro: 790
Metro: Martim Moniz
Mais sobre os Cientistas de Pé: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7

domingo, 12 de julho de 2009

Expectativas

A expressão da apresentadora do programa quando o David Marçal mencionou que os Cientistas ao Palco incluem Stand-up comedy representa quanto as pessoas acham surpreendente a possibilidade de investigadores terem piada. De fazerem teatro em geral, cómico em particular. De fazerem o que quer que seja fora da ciência, na realidade.

Os cientistas que sobem connosco ao palco não apenas têm tempo para os ensaios artísticos como se dedicam ao remo, canoagem, patinagem artística, danças latino-americanas, dança contemporânea, danças tradicionais, tai-chi, montar a cavalo e apanhar potros selvagens, escalada, natação e pilates. Cozinham para os amigos, mergulham até às profundezas do oceano ou sobem aos céus para cairem de pára-quedas. Para além de uma praticante de taekwondo pronta a criar-vos uma abertura especial para estes temas.

No entanto a maioria das pessoas mais facilmente estará à espera da inquisição espanhola que a vê-los brilhar.





A nossa principal arma é a surpresa; a supresa e a qualidade. As nossas principais armas são a surpresa, a qualidade dos espectáculos e a capacidade de entertenimento. Três, são três armas principais. Quatro, com o rigor científico. Temos quatro armas.

Quem dá mais?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Ensaios de Teatro Fórum em Lisboa

Os cientistas ao fórum no palco do Fórum Lisboa (sim, adoramos pleonasmos)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Cientistas no Facebook


Os cientistas ao palco não são os únicos a usarem as novas tecnologias para se mostrarem e multiplicarem aos olhos do mundo.

Há vários grupos muito interessantes a visitar nessa plataforma social; desde logo o Top 10 reasons why you should date a Scientist! A saber:

10 - The world revolves around Scientists, we know how everything works!

9 - We are over-exposed to latex and have become very tolerable

8 - We are "Oh so smart" you'll never be mentally bored with us... So you wanna know why your poo is brown?

7 - All this thinking we do is terribly draining, so we like to be physically challenged & EXPERIMENT too!

6 - There's no need to see a doctor when you're with us, we've seen & tested just about every bacterial disease there is!

5 - We're physiologically knowledgeable, if you're unhappy about a physical feature, we can Genetically Modify YOU

4 - We can hook you up with all the essential party goods... dry ice, Eppie bombs and a shit load of combustible materials. What more could you want?

3 - We look extremely cute in our white lab coats, especially when we wear nothing underneath

2 - You will sound just as smart as us if you say you're dating a Scientist!

1 - Because if you leave us, we'll willingly use you as a lab rat & inject a virus in you


Há também o We're scientists and we're sexy, já com 17.283 membros (não sabemos se todos cientistas sexys ou pessoas que acreditam ser possível encontrá-los e na internet, mas já temos um agente em campo e prometemos notícias em breve).

Interessante descobrir o We look so sexy in our labcoats, we need goggles... for protection, com mais de 24 mil membros - o que deixou felizes os produtores e distribuidores de óculos de protecção.

Não deixem de passar no informativo You know you've worked too long in a lab when, que tem uma listagem de já 84 itens que permitem fazer o diagnóstico - este conta quase com 40 mil membros.

Gostaríamos de salientar o sintoma nº11: When a non-scientist asks you what you do for a living you roll your eyes and talk science at them until they've loss the will to live (mainly for fun). Garantimos que nenhum dos participantes da Noite dos Investigadores sofre deste problema, e que ninguém, repito ninguém, corre perigo de vida no dia 25 de Setembro.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O palco dos cientistas em Lisboa

O palco do anfiteatro visto das centrais

De um lado





Do outro

E o que verão os cientistas ao palco


Dia 25 de Setembro lá estaremos.



Anfiteatro dos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian
2 de Julho 2009
Fotografias: David Marçal

domingo, 5 de julho de 2009

Cientistas cómicos??!? Ahahaha!

Ensaio dos Cientistas de pé, no Fórum Lisboa.


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Workshop Career Paths no Instituto Gulbenkian de Ciência

Sabia que apenas 1 em cada 5 doutorados prosseguem carreiras na academia?

Durante 4 dias discutir-se-ão em Oeiras as diferentes vias profissionais que os doutorados podem vir a ter- a vida para além dos Institutos e Universidades.

Entre os palestrantes convidados estão

De 6 a 9 de Julho, no Instituto Gulbenkian de Ciência. Toda a informação e inscrições aqui.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

De que falamos quando falamos de cientistas? (4)

Disto?


Ou disto?


Uma questão com que a maioria dos investigadores se debate nalguma fase da sua carreira é a de ficar ou ir embora. Ou a de ficar lá, nesse grande país que é o estrangeiro, ou voltar para cá, seguindo o chamamento atlântico da costa oeste da Europa.

Nos últimos anos tem havido crescimento e investimento nos institutos de investigação em Portugal, tornando mais apelativa a carreira nacional. No entanto, a experiência ainda que temporária noutro grupo num país que não o seu é enriquecedor tanto do ponto de vista científico como pessoal.

Em 2000 a União Europeia criou a ERA - European Research Area, uma plataforma para contribuir para a competitividade da investigação científica europeia, aumentando a interacção entre Estados-Membros na partilha de conhecimento, infraestruturas, técnicas e pessoas de forma a estimular e propiciar o sucesso na produção, transferência, partilha e divulgação dos conhecimentos e desenvolvimento tecnológico, contribuindo também com e para a progressão na carreira dos investigadores dos Estados Membros.

Na Carta Europeia do Investigador, documento de 2005 onde se estabelecem princípios e requisitos gerais que devem definir os papéis, responsabilidades e direitos dos investigadores e das entidades empregadoras e/ou financiadoras pode também ler-se que


Do outro lado da balança: clima, gastronomia, família e amigos.

Ir ou ficar?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cientistas ao Palco em Oeiras

Este sábado, dia 20 de Junho, entre as 14h e as 19h30 actividades dos cientistas que se juntam à festa do 250º aniversário - Celebrar Oeiras

Às 18h00 no Palco Família - Cientistas ao Fórum e Cientistas de Pé

O grupo do Teatro Fórum irá recriar todo o processo de criação de um espectáculo: o que é o teatro fórum? o recrutamento dos actores/cientistas; os ensaios; a cena de fórum. Será aberto a perguntas e discussão com a plateia. Para terminar, actuarão os cientistas-de-pé – stand-up comedy por cientistas!

E das 14h00 às 18h00 na Zona Futuro tragam as crianças para meter a mão na massa científica

O DNA de morango – invisível? Não, senhor!
Uma experiência simples que permite extrair e visualizar o DNA de morango. Recorrendo a produtos domésticos – morangos, detergente da loiça, sal de cozinha, filtros de café e álcool – crianças e adultos reproduzem o processo de extracção de DNA utilizado pelos cientistas, podendo levar o DNA para casa, para guardar para sempre!


Células de plasticina
Somos formados por triliões de células...não são todas iguais: têm formas diferentes e fazem coisas diferentes. As células do sangue transportam oxigénio; as do músculo da perna ajudam-nos a dar pontapés na bola. Com plasticina de várias cores, crianças e adultos podem experimentar construir células diferentes, para levar para casa.

O código dos genomas em gomas
A molécula de DNA funciona como uma receita para fazer um ser vivo. Através de um código químico representado pelas letras A, T, C e G é possível construir todas as proteínas que fazem um organismo. A informação contida no DNA pode ser copiada para uma nova molécula de DNA e desta para outra, e outra, até ao infinito, mantendo sempre a mesma receita. Usando gomas de várias cores, crianças e adultos vão poder explorar o que a torna o DNA uma molécula tão especial.

Olhando para dentro de uma molécula
Desde a água ao DNA, o nosso mundo é feito de muitas moléculas diferentes. Através de modelos simples e simulações em computador crianças e adultos poderão entrar na dimensão molecular e conhecer algumas das moléculas de que ainda se procura conhecer a estrutura.

Pelo IGC e ITQB

quinta-feira, 11 de junho de 2009

De que falamos quando falamos de cientistas? (3)

Disto?



Ou disto?



Nos ensaios do Teatro-Fórum continuamos a explorar o que pensam dos cientistas os que não fazem ciência, bem como o que significa progressão na carreira para alguém que investiga, descobre, descodifica e comunica.


Para além do trabalho de pesquisa, investigação e descoberta os cientistas têm de conseguir comunicar a dois níveis:
1. Para os seus pares - em artigos, congressos ou encontros, para não apenas demarcarem o seu território de inovação como para se submeterem ao julgamento de quem também é especialista na mesma área. O processo de discussão e reconhecimento pelos demais é uma das pedras basilares da credibilidade dos dados, sua recolha e validade científica junto da comunidade.
2. Para o público em geral - tentando assegurar que as suas conclusões, mesmo as que parecem mais eclatantes e atraentes para os media em geral, não seja deturpados ou mal-lidos pelos leigos na matéria.


Conseguindo fazer ambas as coisas com sucesso, Yours is the Earth and everything that's on it, and - which is more - you'll be a Scientist, my son!*

Lembramos isso na altura em que tanto se fala da Ida por todos os lados (a esse respeito vale a pena ler o artigo que saiu na PLoS e a análise da comunicação dos respectivos resultados nos media no Público), da alteração do código genético das Candida albicans (na Nature e no Público) e na semana da atribuição do Prémio Príncipe das Asturias das Ciências Sociais a David Attenborough (também há o da Investigação Científica e Tecnológica).


"Nós não estamos a alegar que [a Ida] é o nosso ancestral directo. Isso é de mais. Nós só existimos há poucos milhões de anos e a Ida esteve viva há 47 milhões de anos." Mas o cientista Jorn Hurum assume o espectáculo, que aliás, já tinha sido utilizado no Predador X, que segundo o paleontólogo é a melhor forma de pôr os miúdos interessados em paleontologia. "Qualquer banda pop ou atleta faz o mesmo tipo de coisas. Nós, na ciência, temos que começar a pensar da mesma forma", disse, citado pela "Times Online". (daqui)


Temos?
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segunda-feira, 8 de junho de 2009

A importância de se chamar bolseiro

António Câmara, CEO da Ydreams, sobre o impacto dos bolseiros no Grupo de Análise de Sistemas Ambientais (GASA) da Universidade Nova de Lisboa fundamentais na geração do conhecimento e formação da massa crítica que permitiram a construção da Ydreams e de outras empresas de base científica.

Entrevistado por David Marçal, com imagem de André Levy, na III Conferência de Emprego Científico

quarta-feira, 3 de junho de 2009

De que falamos quando falamos de cientistas? (2)

Disto?

ou disto?



Há muitas maneiras de se começar a ser cientista, mas a maioria começa com uma bolsa. Não é a bolsa que faz deles investigadores, mas é o que lhes paga as contas. Para informações sobre este assunto podem consultar o site da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e aceder ao Guia do Bolseiro da Associação dos Bolseiros de Investigação Científica.

A maioria dos jovens investigadores científicos são efectivamente bolseiros, e cada vez mais. O que não significa que sejam estudantes: são trabalhadores em ciência e/ou tecnologia, sempre em formação como qualquer bom profissional de qualquer área. Apesar de não auferirem subsídio de férias ou de Natal. Mas têm férias. E Natal.

Há quem acumule essa função com a docência no Ensino Superior, o que significa uma carga às vezes bem pesada. Dar aulas é muito mais do que as horas na sala de aulas, implica preparação e seguimento dos estudantes e sua avaliação. E o tempo que não estica, que não estica.

No grupo de trabalho de Teatro-Fórum temos bolseiros para todos os gostos e feitios, e de várias áreas científicas - e mulheres em larga maioria. Porque será?
Texto: Joana LA
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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Repto aos não-cientistas: Qual a vossa imagem da vida amorosa de um cientista?


Imagem do calendário erótico da Federación de Jovenes Investigadores / Precarios

Uma cientista do grupo de stand-up lançou este repto aos seus amigos e familiares. Todas as respostas recebidas até agora. Anónimas, apenas com indicação de genéro. Deixe-nos também a sua, na caixa de comentários!

(Masculino ; Feminino)
1.
Assim sinceramente (e não pensando em nenhum cientista em especial, nem em ti) os cientistas não têm uma vida amorosa normal? Isto é dentro das anormalidades que o amor implica obviamente! ou seja, uma vez que um cientista é um ser humano normal, tal como qualquer outro, acho que tem uma vida amoraosa normal! Por isso priminha, fica descansada!!! És normal como os outros!! :) F
2.
Como as enzimas, uns "enzima" dos outros bem juntinhos, como cadeias de DNA e barulhentos como electroes: Planck planck planck! F
3.
Acho que é cheia de experiencias M
4.
Eu acho que tu namoras com uma amiba M
5.
A vida amorosa de um cientistas deve envolver muita química... F
6.
Acho que dedicam demasiado tempo ao trabalho passando a vida amorosa para segundo plano. Depois como não sabem lidar com a vida amorosa, afastam-se das pessoas. M
7.
Pelo que conheço dos cientista de hoje em dia são em geral pessoas com a mentalidade aberta e pouco agarrados a tradições como o casamento. Geralmente vivem maritalmente ou sós. Como cientistas viajam bastante e por vezes por periodos alargados, como um ano ou mais. Muitos cientistas que conheço conseguem manter uma relação apesar de estarem muito tempo à distancia. M
8.
Eu acho que o Einstein era menino para se “esquecer” da função física se uma função diferencial lhe acometesse a mente.
Acho que o Darwin deveria supre activo para melhorar a evolução. Talvez tentasse variadíssimas posições e situações para estimular a variedade.
O Custeau fá-lo-ia, garantidamente no mar.
O Pasteur, só depois de devidamente limpo e esterilizado. Ele a companheira, a cama, o quarto e, provavelmente, em ambiente de subpressão com entrada Eppa.
O John Watson, em espiral. E sempre, duplamente.
O Descartes pararia para pensar, cogitar.
O Damásio nem pensaria.
Platão fá-lo-ia atrás de um lençol iluminado - para projectar as sombras.
Arquimedes numa banheira.
Maxwel em saca rolhas
Pierre Curie... por rádio (hoje, talvez internet)
Mas o mais explosivo, sexualmente seria, sem dúvida, o Nobel! Verdadeira dinamite. M
9.
“Para mim a vida amorosa de um cientista deve ser muito metódica :D Tudo com procedimentos bem definidos, rotinas escalpelizadas, e tudo com muita sustentação teórica :)
Bem, acho que se for um cientista NO EXAGERO DA PALAVRA (Aquele que é tipo cientista-maluco) a sua vida amorosa deverá ser uma vida em que devido ao seu horário de trabalho não rígido, deverá ter alguns problemas no que diz respeito à busca do seu grande amor e mesmona sustentação familiar de um relacionamento presente. Isto pq o seu horário muitas vezes o condiciona a ele e faz com que ele se interesse e se entusiasme por vezes demais no seu trabalho e menos um pouco na sua família. Um cientista é tão metódico e tão com os procedimentos bem definidos que via tudo o que tivesse a ver com a mulher relacionado com a ciência, ou seja, instigar-se sempre com o “porque”, (pq é k a mulher é assim? Pq é k a mulher tem tt necessidade de falar? Pk é k a mulher tem tanta necessidade de se vestir bem e de ser vaidosa? Pk é k a mulher tem necessidade de dizer mal das outras)…. E também com o “Como” (como é k a conquistarei? Como é k a mulher terá mais prazer? Como é k a posso levar a jantar?) e o “o que é? (O que é k a faz gostar mais de mim? O que é o prazer? O que é o amor? O que é o carinho”) M
10.
Bom, em primeiro há que salientar a qualidade da língua de um cientista. É impressionante o inglês técnico que dominam e mais impressionante ainda é que o utilizam (tb para mostrarem que o possuem) durante todo o tempo da “vida amorosa”, falam em estrangeiro que só eles devem perceber. Um cientista em que país for é sempre um estrangeiro.
O segundo ponto é ainda mais estranho, nos finais dos actos amorosos da “vida amorosa” é normal que aconteçam coisas, hummmm…, “diferentes”, que nos os leigos (não cientistas) achamos normais e deixamo-nos estar todos contentes sentados no sofá. Agora não é normal no fim ir a correr para o Google para se tentar provar o quer que tenha acontecido, é pá, quebra a parte amorosa. Tirando isso acho normal. M
11.
Conseguem manter as ditas relações, mesmo com grandes períodos de ausência, uma vez que SE ESQUECEM que têm essas relações! (a ideia do cientista alienado do mundo). se vivem sós é porque não encontraram ninguém que aturasse as quebras para idas ao google! F
12.
Bastante farta e experimental. Nao sera por acaso que os tipos invetaram o Viagra uma das maravilhas do seculo, dizem! Qual tensao arterial alta ou colesterol... Viagra obedeça a prescrição e deixem-se de intelectualidades! Imaginem depois de tanta proveta e artefactos em forma de dildo!!! M
13.
Acho q pode ser menos vivida do ponto de vista sentimental pq é mais analisada do ponto de vista do processo em si e das reacções em causa. Ou seja, por exemplo um ginecologista! Eu acho sempre q eles a fazerem sexo estão sempre a pensar "ah, agr se puser o dedo ali no lijfoifhwfqlkfjlqk da minha companheira aquilo tem lá muitos circuitos nervosos e ela vai gostar" em vez de "go with the flow", o que deve ser um bocado chato, coitados...
Enquanto q aqueles q não são cientistas abstraem-se mais de tudo enqt estão a fazer o amor. É mais naquela de "ok, trabalho àparte, agora é para pinocar!" Só. E chega! Resumindo: um cientista, se não se puser a pau, pode ser muito chatinho na sua vida amorosa! F
14.
eu diria que o einstein se aproveitou melhor da teoria da relatividadade na sua vida amorosa...és feio, isso é relativo, és mau na cama, isso é relativo, querido, entao e eu, isso é relativo e.... e tb imagino um cientista a fazer um protocolo antes e um mapa de resultados depois e a entregar um esquemazinho...e a dizer “mas por favor diz-me se errares” F
David Marçal
também aqui e aqui

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Cientistas ao Fórum

Reunimo-nos duas vezes por semana no Fórum Lisboa


Andamos pelo espaço


Ou caímos pelo chão


Activamos o corpo


O peito



E as vozes




Para estarmos disponíveis e preparados para as improvisações sobre os temas sugeridos



E assim irmos construindo o nosso espectáculo



Com o contributo e empenho de todos

Fotografias: David Marçal

Cientistas ao Fórum: Américo Duarte, Ana Castro, Ana Osório, Andrea Santos, Ângela Crespo, Catarina Francisco, Catarina Silva, Célia Santos, Cláudia Andrade, Cláudia Gaspar, Leonor Alves, Luís Branco, Mariline Justo, Pedro Ferreira, Rosana Rocha, Sónia Negrão, Virgínia Marques
Direcção: Romeu Costa e Joana LA


Texto: Joana LA
também aqui

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Descobrir mentiras nos media

"É falado em português um dos primeiros cursos superiores de terapia quântica", anuncia com orgulho o jornalista João Pacheco de Miranda na peça sobre José Joaquim Lupi, transcrita no site da RTP onde se pode ver o vídeo.





Leandro Tessler, físico, desmonta ponto a ponto a total ausência de base científica no uso do tal aparelho fabuloso que permitiria scannar as entranhas dos sujeitos com um programa da NASA.


David Marçal, bioquímico, chama-lhe banha da cobra, e explica como o uso do termo quântico tem vindo a ser desbaratado para dar uma aura científica ao que nada disso usa, tentanto com essa usurpação justificar a própria existência.


Carlos Oliveira, astrofísico, lembra bem que testar o que quer que seja deve prever a possibilidade de resultado nulo, o que não acontece com esta terapia miraculosamente científica.


Luís Pedro Nunes, jornalista, sublinha o disparate de se dar importância, relevo e tempo de antena a uma charlatanice deste calibre camuflado de orgulho da diáspora portuguesa que eleva o nome da pátria além mar e além seriedade.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Descobrir mentiras no Museu

O Museu da Ciência de Coimbra promove encontros entre a Ciência e as famílias ao domingo de manhã, um programa concorrido, interessante e que abre o apetite para o almoço.




Num destes fins de semana o David Marçal foi lá mostrar as mentiras que se fazem passar de ciência e feitos que parecem mentira mas que a ciência e o engenho faz com sejam possíveis. Como ferver água numa caixa de papel.




segunda-feira, 18 de maio de 2009

De que falamos quando falamos de cientistas?

Disto?

Ou isto?




Esta semana no grupo de trabalho do Teatro-Fórum falámos sobre o que os outros acham sobre o que nós fazemos. Só vale a pena ser cientista se for para descobrir a cura definitiva do cancro, a vacina para o HIV ou ganhar o prémio Nobel? (de preferência tudo ao mesmo tempo, se faz favor. E uma dose de batatas fritas)

Andam pais a financiar licenciaturas aos filhos para seguirem uma profissão que é mais uma paixão, entregam-se muito e ganham pouco, sem grandes garantias de futuro, para além de terem de levar com os vizinhos "mas afinal ela estuda ou trabalha?"

O primo afastado pergunta se lhe sintetizamos uns comprimidos fixes para o sábado à noite, não é para isso que serve a química, ou se trazemos bichinhos nos bolsos, daqueles que têm doenças e espalham o caos. Se já explodimos a cozinha da avó ou se passamos o dia na biblioteca a gastar os olhos e a perder o sol. Se com a engenharia genética dedicamos o tempo a produzir bagos de arroz do tamanho de abóboras ou se já clonamos pessoas às escondidas ali para os lados de Oeiras, onde ninguém vê. Quando falamos em trabalho de campo pensam que plantamos batatas, a física de partículas soa a insulto gratuito e convém esconder a formação em engenharia electrotécnica para não pensarem que se conserta frigoríficos e microondas.

O que é que os não-cientistas acham que é isto de andar a fazer ciência?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Cientistas ao Palco na Sic Mulher

David Marçal fala sobre o projecto Cientistas ao Palco para a Noite Europeia dos Investigadores 2009 no Mundo das Mulheres, no dia em que se debatia "Quero ser cientista" também com a presidente da Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) Luísa Mota.

O David está a trabalhar com cientistas para criar espectáculos de Stand-up comedy e na fixação do argumento do Teatro-Fórum, ambos em Lisboa e com a c. q. d., e uma peça sobre evolucionismo em Coimbra, especialmente para a Noite dos Investigadores deste ano.





quinta-feira, 14 de maio de 2009

Para que serve a ciência?

At such a difficult moment, there are those who say we cannot afford to invest in science, that support for research is somehow a luxury at moments defined by necessities. I fundamentally disagree. Science is more essential for our prosperity, our security, our health, our environment, and our quality of life than it has ever been before.




- Barack Obama, no encontro anual da National Academy of Sciences, Washington D. C., Abril de 2009




o resto aqui

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cientistas de pé - o balanço do workshop de Stand-up Comedy (com rigor e números)

Pelo grupo de trabalho em Stand-up para a Noite dos Investigadores (Lisboa)


Fazendo uma análise da habitual pergunta em fichas de inscrição acerca da profissão do avô materno (e o formulário dos cientistas ao palco não foi excepção) conclui-se que o desemprego é um fenómeno recente.





No final do workshop de stand-up-comedy os participantes não cabiam em si de contentes. Mais fotografias aqui.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Augusto Boal (1931-2009)

Pelo grupo de trabalho em Teatro-Fórum para a Noite dos Investigadores (Lisboa)

Augusto Boal morreu dia 2 de Maio às 2h40. Todos os que admiramos e multiplicamos as suas técnicas, o seu trabalho e a sua paixão - que são também agora as nossas - ficamos tristes pela sua partida mas gratos pela sua passagem.





Lembramo-lo com uma reportagem feita no ano passado, a propósito da nomeação ao Prémio Nobel da Paz (veio a ser atribuido ao finlandês Martti Ahtisaari).


Stand up - Cientistas de pé

Pelo grupo de trabalho em Stand-up para a Noite dos Investigadores (Lisboa)

Será implementado um processo em que ao longo de várias sessões é construído o espectáculo, tanto a construção do texto (David Marçal) como o desenvolvimento de técnicas de voz e corpo (Romeu Costa) que permitam aos cientistas adquirir as ferramentas performativas necessárias à apresentação de um espectáculo com qualidade.

Durante o período de ensaios prevemos apresentações públicas periódicas que permitam aos não-actores ganhar confiança performativa perante uma plateia, enquanto consolidam o texto.
No mês de Setembro e até à Noite dos Investigadores serão realizados 5 a 8 ensaios finais procurando reproduzir o mais possível a situação cénica previsível da Noite dos Investigadores e fazer uma evolução performativa de modo a integrar elementos como som, luz e figurinos.Na Noite dos Investigadores apresentaremos um espectáculo constituído por actuações individuais, com recurso a iluminação de cena e som (voz ou música).

domingo, 26 de abril de 2009

Teatro Fórum com cientistas - a c.q.d. na Noite dos Investigadores 2009

Toda a gente pode fazer Teatro, até mesmo os actores - Augusto Boal

O Teatro do Oprimido foi criado em 1971 por Augusto Boal (n. 1931) – actor, encenador e dramaturgo brasileiro, adaptou as ferramentas do teatro convencional para serem usadas por não actores de forma a enfrentar e solucionar problemas sociais que se agravavam no Brasil da ditadura militar. De pequenos grupos homogéneos, de operários, agricultores, prisioneiros ou mulheres, a força da técnica foi reconhecida mundialmente e hoje em dia é usada por vários grupos para como forma de provocar o debate e a mudança social e cultural.

O Teatro-Fórum (TF) é a principal técnica do Teatro do Oprimido. É construído um espectáculo baseado nas vivências do grupo de não actores, onde entram em conflito personagens oprimidos e opressores de uma forma clara e objectiva. Neste confronto o oprimido fracassa e o público é convidado a entrar em cena para substituir o Protagonista (o oprimido) e buscar alternativas para o problema encenado, representando no palco e não da plateia as estratégias, ideias e soluções que quer propor. Os restantes actores reagem improvisando dentro do personagem, de forma a permitir uma análise sincera das possibilidades reais das sugestões trazidas pelo espectador na vida real. Assim, o TF apresenta-se como um ensaio colectivo para a realidade.

O Teatro-Fórum busca romper os rituais tradicionais do teatro que reduzem o público ao imobilismo e à passividade. A proposta é a de estabelecer um verdadeiro diálogo entre palco e plateia, personagens e propostas concretas, em que o público entra em cena para transformar a história. É por isto que Boal defende que no Teatro do Oprimido não há espectadores mas sim "espect-atores". Este diálogo é mediado por um "coringa", pessoa que actua como interlocutor entre as partes e estimula a discussão e a participação.

Construiremos espectáculos de teatro-fórum baseados nas vidas quotidianas dos cientistas, os seus problemas concretos, angústias e inquietações pessoais e profissionais. Apesar de serem específicas deste grupo devem reflectir o seu impacto social e ser um espelho e projecção para outras realidades comuns.Os espectáculos serão desenvolvidos através de improvisações sobre temas intrínsecos ao grupo de trabalho e os actores serão os cientistas-eles-mesmos.

Parabéns Romeu!


O Romeu Costa, que vai estar a dirigir os Cientistas ao Palco nos projectos de Teatro Fórum e Stand-up em Lisboa (organização c.q.d. para a Noite dos Investigadores 2009), foi nomeado como melhor actor pela peça Mona Lisa Show (encenação de Pedro Gil), para os Globos de Ouro 2009.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Cientistas ao palco

Este ano, em Portugal, os cientistas são chamados ao palco para celebrar a «Noite dos Investigadores» de uma forma especial e diferente: através do teatro!Assim, é com grande entusiasmo que as entidades parceiras da «Noite dos Investigadores 2009» convidam os cientistas a participar nesta ousada experiência, proporcionando através da arte dramática uma diferente visão e forma de expressão de si mesmos e do seu trabalho, e de comunicar com o público.

A Noite dos Investigadores é uma iniciativa europeia que se realiza desde 2005 em várias cidades dos Estados Membros da EU e que pretende aproximar o público da Ciência em geral e dos cientistas em particular. Pretende-se envolver os investigadores na construção de uma nova imagem dos cientistas, mais real e humanizada, descolando-os dos estereótipos da ficção e aproximando-os dos cidadãos.

Em 2009, a Noite acontece no dia 25 de Setembro, envolvendo várias cidades europeias. Em Portugal, a Noite celebra-se através do teatro, num projecto que reúne em parceria centros de investigação, uma PME, um museu de ciência e vários grupos de teatro e que ocorre em simultâneo em várias cidades do país. A c.q.d. também lá está!

Na capital, a Noite será celebrada levando os cientistas a múltiplos palcos, por via do teatro-forum, da stand-up comedy e do teatro do movimento – e já que também se celebra Darwin e Galileu, montaremos os palcos entre o verde e sob as estrelas, nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian.

No Porto, os cientistas estarão no palco e na audiência, envolvidos em diferentes peças desvendando Darwin, Galileo os desafios que os cientistas enfrentam ao longo da sua carreira.

Em Coimbra, a comédia levará o público a Darwin e aos cientistas de hoje. Uma peça de teatro sobre Julio Verne será ainda o ponto de partida para a interacção entre conhecimento científico e sociedade.

Em Faro, a interacção entre cientistas e o público focará a vida e as descobertas de Darwin, através de peças destinadas a crianças e adultos.

Workshop ‘Cientistas ao Palco’
Em Lisboa, começamos já a preparar o grande dia.Serão usadas três abordagens ao teatro e para que todos as conheçam e possam escolher com quais pretendem trabalhar disponibilizamos o Workshop ‘Cientistas ao Palco’, que se realizará nos próximos fins-de-semana de 18-19 e 25-26 de Abril.
O Workshop será o ponto de partida para uma série de ensaios que decorrerão a partir de Maio, e culminarão com os espectáculos do grande dia, 25 de Setembro.

Mais informação no blog cientistas ao palco.

Esperamos por si!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A festa

No dia 12 de Fevereiro Charles Darwin faria 200 anos - a C. Q. D. juntou-se às iniciativas para celebrar o homem e a obra, organizando a sua festa de aniversário. Foi no Frágil e contou com a presença de 400 pessoas, bem como do Darwin-não-ele-mesmo.

Uma das estrelas da noite foi o bolo de anos em forma de tartaruga gigante, concebido para o evento por Sandra Beliz da magia dourada e oferecida pelo melhor bolo de chocolate do mundo (que também lá esteve).




Com o apoio da prime drinks houve champagne para brindar ao aniversariante e a possibilidade de viajar no Beagle sem sair do Frágil (design de Pedro Falcão, Associação Viver a Ciência).




O jovem Darwin (achavam que ele foi sempre velhinho e com barbas?) apareceu para a sua festa surpresa, encarnado pelo actor Romeu Costa com figurino concebido por Maria Gonzaga.




A festa continuou pela noite dentro, até às 4h00, ao som do DJ Nuno Lopes e com grande animação







Com todos os que foram e apoiaram a festa - exposição "A Evolução de Darwin", Flying Sharks, Associação Viver a Ciência, o melhor bolo de chocolate do mundo, Frágil, Prime Drinks, Maria Gonzaga - Guarda Roupa, Instituto Gulbenkian de Ciência, Fundação Luso-Brasileira, Zoo, Oceanário de Lisboa, Fnac e National Geographic Portugal, brindamos a Charles Darwin e à sua Origem das espécies!

Veja mais da festa aqui

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Festa de anos do Darwin




Se não puderam ir às anteriores, não podem perder esta! Mas é surpresa, se o virem não lhe digam.


12 de Fevereiro a partir das 23h00, no Frágil


No ano em que se comemoram 150 anos de "A origem das espécies", no dia em que começa a exposição "A evolução de Darwin" na Fundação Calouste Gulbenkian celebra-se o 200º aniversário de Charles Darwin. Venha comemorar connosco o aniversário de um dos homens que mudou a nossa visão das Ciências da Vida e de nós enquanto espécie.


Com um trabalho fora de série, o cientista era também um homem. E quem não gosta de festejar os seus anos junto daqueles que lhes querem bem?


Esta é uma festa para todos os que querem celebrar a existência de Darwin. E a sua.


Importante
- Tragam as vossas máquinas fotográficas digitais para registar a festa. Depois enviem-nas para cqd.geral@gmail.com, com a legenda e instituição de acolhimento. Haverá prémios para as melhores fotos da noite
- Confirmem as vossas presenças


Fragil
DJ Nuno Lopes
Rua da Atalaia, 126
Bairro Alto, Lisboa