quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os últimos dos texugos - uma tragicomédia sobre conservação das espécies


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Os últimos dos texugos foi concebido para informar e divertir o público com um assunto a que não tem muito acesso - a conservação de espécies ameaçadas. Uma vez que a extinção de espécies é um assunto bastante deprimente (especialmente para um biólogo!) e que a tragédia tem quase sempre um lado de comédia, esta peça aborda a problemática de um modo pouco habitual: usando o humor. 

Colocando a acção no futuro, escolheu-se uma espécie da fauna portuguesa facilmente reconhecível para pôr em perigo eminente de extinção - calhou a sorte aos texugos.

Porquê texugos, perguntámos todos os que nos fomos cruzando com este texto. A resposta mais simples é: porque são fofinhos! O público em geral "apaixona-se" por espécies como o panda, o urso polar, o koala. Enfim, animais peludos e engraçados.


Mas há mais motivos, e dos sérios: o texugo é uma espécie relativamente comum em Portugal e no resto da Europa e parte da Ásia, o que pode ser explicado pela ubiquidade de habitats que ocupa e pela sua alimentação diversificada. Para o texugo estar em perigo de extinção, tinha de acontecer muita coisa de errado, as espécies "mais exigentes" do ponto de vista ambiental teriam provavelmente desaparecido, teria de haver uma grande degradação do ambiente - o que está de acordo com o cenário que o Bruno Pinto queria para a peça.  Além dos mais, por ser um mamífero e um carnívoro, podia adequar-se ao conhecimento que o Bruno já tinha sobre a conservação de outras espécies - isto é, podia ser o equivalente ao que o lince-ibérico é hoje em dia.












A partir de uma conversa com Bruno Pinto. Continua
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22h00 Os últimos dos texugos
Largo dos Jerónimos, Lisboa
24 de Setembro
Entrada Livre

Argumento: Bruno Pinto e David Marçal
Texto: Bruno Pinto
Encenação: Romeu Costa
Assistência de encenação: Magda Novais
Com: Ana Castro, Daniel Carapau, Francisco Branco, Francisco Henriques, Luís Rodrigues, Sónia Negrão, Tiago Carneiro, Virgínia Marques
Cabelos: Bina Almeida
Espaço cénico, sonoplastia e luz: Magda Novais e Romeu Costa
Vídeo: Helena Rio Maior e Carla Marques
Produção: cqd/IICT
Agradecimentos: Bruno Santos, Cabeleireiro Ele e Ela, Cheila Almeida, Dino Alves, Espaço Evoé, Manuel Pereira, Maria Gonzaga Guarda Roupa, Patríca Torres, Rui Ribeiro, Sofia Vaz, Teatro Tapa Furos

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